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Iniciativa, Hesitação e Acabativa: aprenda a usar a proatividade, combater o imobilismo e finalizar projetos iniciados!

A reclamação é uma prática arraigada em todas as organizações. Poderia ser um instrumento de busca do aperfeiçoamento contínuo, mediante a sinalização de aspectos ineficientes e a proposição de ações corretivas. Porém, apresenta-se como um mecanismo de defesa, de transferência de responsabilidades ou, mais ainda, de culpabilidades. Apontamos o dedo para outra pessoa ou departamento e, com isso, justificamos nossas próprias deficiências além de desviarmos as atenções para outro alvo.

Uma empresa é um organismo vivo, sinérgico, sistêmico, no qual um departamento depende dos demais, o trabalho de um colega tem impacto sobre o desempenho dos outros. É por isso que a palavra “organismo” é bem aplicada. Porque se trata de uma instituição que se organiza.

Iniciativa

Assim, fazer a diferença em seu ambiente de trabalho trará benefícios não apenas a você, mas a toda sua equipe. E a iniciativa é uma das mais importantes competências a serem desenvolvidas e praticadas em sua trajetória pela superação.

A iniciativa representa a capacidade de identificar e buscar oportunidades. Está associada ao comportamento proativo que nos faz buscar problemas para solucionar e oportunidades de melhoria diversas. A iniciativa permeia as mais diversas áreas da vida pessoal e profissional.

O profissional dotado de iniciativa antecipa-se aos fatos, realizando atividades antes de ser solicitado ou forçado pelas circunstâncias. Conjuga os verbos “fazer”, “agir” e “executar”. Aproveita situações conjunturais para atender rapidamente novas demandas ou nichos. Como pioneiro, obtém resultados concretos e mais significativos antes dos demais. Surpreende, empolga, contagia, encanta.

Hesitação

Por conseguinte, em oposição imediata à iniciativa temos a hesitação, este inimigo sorrateiro que nos faz adiar projetos, cancelar investimentos, protelar decisões.

Ao combatermos a hesitação, corremos mais riscos, podemos experimentar mais insucessos, mas jamais ficaremos fadados à síndrome do “quase”, do benefício indelével da dúvida do que poderia ter sido “se” a decisão tomada fosse outra.

Ao contrário do profissional com iniciativa, o indivíduo hesitante se esconde atrás de desculpas e rodeios para não colocar em prática o que poderia ser feito hoje mesmo. Desta forma, a hesitação impede que o resultados concretos e significativos sejam alcançados com velocidade.

Acabativa

Porém, a iniciativa hoje não viceja sozinha, mas deve estar acompanhada de seu par, a acabativa, neologismo para simbolizar a habilidade de finalizar tarefas iniciadas. Na ausência da acabativa, tornamo-nos apenas filósofos, teorizando, conjecturando. Não são raros aqueles que iniciam atividades, mas não as concluem. Projetos arquivados, livros lidos pela metade, diálogos interrompidos sem conclusão, sonhos de toda uma vida abandonados como se fossem de uma única noite de verão.

Por isso, cultive a coragem. Coragem para refletir e se conscientizar. Coragem para ter o coração e a mente abertos para internalizar o autoconhecimento adquirido. Coragem para agir e mudar se preciso for.

Lembre-se de que iniciar é preciso. Mas algo só termina, quando acaba.

Sobre o Autor Convidado

Este artigo foi escrito por Tom Coelho especialmente aos leitores do Blog do Treasy.

Tom é educador, palestrante em gestão de pessoas e negócios, escritor com artigos publicados em 17 países e autor de oito livros.

Você pode conhecer mais do trabalho de Tom nos sites: www.tomcoelho.com.br e www.setevidas.com.br ou entrar em contato diretamente  com ele pelo e-mail: tomcoelho@tomcoelho.com.br.


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