Treasy | Planejamento e Controladoria

O que aprendemos sobre Gestão de Resultados ouvindo mais de 4 mil empresas

Gestão de Resultados não é algo comum entre as empresas. Talvez esse seja um dos motivos de que 42% das empresas que abrem acabam, em 5 anos, fechando as portas.

Em 2018 criamos o Diagnóstico Financeiro Empresarial com o objetivo de ajudar empresas a entender o seu estágio de maturidade e perfil dentro da Controladoria, mais especificamente em relação a gestão financeira empresarial. Desde então, recebemos mais de 4 mil respostas e inúmeros dados coletados. No episódio #40 do Controller Cast, convidamos o consultor Fabiano Ventura, da Treasy, para compartilhar tudo que aprendemos ao longo de 4 anos e 4 mil empresas que passaram pelo auto-diagnóstico gratuito da Treasy.

Você pode ouvir o episódio na íntegra logo abaixo, ou se preferir, pode ouvir no Spotify por aqui.

Abaixo, você também pode conferir os principais descobertas e aprendizados que discutimos no episódio:

1. Ainda não existe total confiança nos dados gerados

Dados são algo que toda empresa gera, por mais que não os colete e gerencie. Quando esses dados são referente ao Controladoria, principalmente, é algo que um erro pode ocasionar danos a uma empresa (como um Planejamento Orçamentário equivocado, por exemplo).

Entre os participantes do diagnóstico, 29,8% afirmam não confiar completamente nas informações coletadas. Em contrapartida, 59,9% tem plena certeza que os lançamentos de dados são feitos de maneira correta. Outros 10% não terem certeza se podem ou não confiar nos dados coletados.

Ser Data-Driven (Orientado a Dados) é um dos nossos pilares onde, além de corretos, acreditamos que os dados precisam nos ajudar a ir na direção correta, e com precisão.

2. Utilizam de relatórios de desempenho simples

Os relatórios gerenciais não são apenas gráficos coloridos que devem ser vistos uma vez por mês, longe disso. Na verdade, os relatórios são responsáveis por apresentar, com os dados coletados, os resultados obtidos em um certo período de tempo. É assim que sabemos se estamos — ou não — alcançando as metas definidas.

Mas não é assim que funciona para a maioria das empresas. 44% utiliza apenas de relatórios simples de despesas e receitas. Ter a visão de “o que entra e o que sai” não é o suficiente para conhecer a saúde da empresa. Muitas vezes o problema está além das despesas.

Para outro tanto, nem relatórios simples estão sendo gerados. Para 9,3% das empresas que responderam o Diagnóstico Empresarial não é possível, atualmente, gerar relatórios de desempenho para análise.

3. Os relatórios utilizados não ajudam na tomada de decisão

Considerando o tópico anterior, esse não é nenhuma surpresa. Para empresas que não conseguem (ou têm dificuldade) em gerar relatórios, é normal que, quando gerados, não sirvam para as tomadas de decisões estratégicas.

Isso porque relatórios simples de despesas e receitas não fornecem a visão estratégica necessária para gerir um negócio. Por isso 29,8% das empresas não conseguem tomar decisões baseadas em seus relatórios. Quando conseguem, os relatórios ajudam em estratégias de Marketing para 22% dos respondentes.

4. Mesmo tendo metas e objetivos, as empresas não utilizam de OMTM (One Metric That Matters)

Toda empresa, por maior ou menor que seja, deveria ter a sua métrica que mais importa. Essa métrica direciona o negócio, como as áreas que o compõe, a caminhar em direção ao resultado almejado a longo prazo.

Entre os respondentes, boa parte possui metas e objetivos (29,7%), mas não são direcionados a um objetivo macro (OMTM). No entanto, um valor significativo (14,7%) possui o Faturamento Bruto como métrica mais importante. E, logo em seguida, 12% tem como indicador mais importante a Lucratividade.

A falta de uma métrica mãe acaba afetando, principalmente, na hora de montar um Planejamento Orçamentário. Sem saber aonde quer chegar a longo prazo, o planejamento acaba por não tomar rumo algum.

5. 26% não desenvolve um Planejamento Orçamentário

Planejamento Orçamentário implica que sua empresa irá planejar as receitas, gastos, investimentos, etc, para os próximos meses ou até anos. Para que, assim, seja possível “antecipar” o cenário que será percorrido e, assim, se preparar para o mesmo.

Mas 26% das empresas ainda não desenvolvem um Planejamento Orçamentário. Quando há, é feito com base no feeling e sem ser orientado a dados e relatórios (35,2%). Mas não é o fim. O maior número, desse tópico, representa as empresas que constroem sim um Planejamento Orçamentário, cerca de 61%.

6. E quem desenvolve não acompanha os resultados

O famoso “planejamento de gaveta” é aquele feito uma vez ao ano e, quando surge, é apenas para cobrar os gestores das áreas. Ao ignorar o acompanhamento é perdido um dos principais insumos do processo: o aprendizado constante. Apenas a partir de um acompanhamento minucioso que é possível identificar desvios do que foi planejado e do que foi realizado e, caso for preciso, montar um novo planejamento.

Mas a realidade é bem diferente. 61% das empresas não acompanham os resultados do planejamento. Por outro lado, logo atrás, as empresas que acompanham o Planejado x Realizado mensalmente representa um número de 39%.

7. Planilhas são a principal ferramenta para gestão e controle

Quem nunca passou problemas com planilha? Para 37,4% essa é ainda a principal ferramenta para gestão do orçamento. A segunda maior porcentagem é das empresas que não usam nenhuma ferramenta pois, na verdade, nenhum Planejamento Orçamentário é desenvolvido.

Em seguida, um pequeno grupo de empresas (24%) utiliza, além de planilhas, um módulo específico de ERP para auxiliar no controle e na gestão do Planejamento Orçamentário. Esse pode ser o principal motivo da não-credibilidade dos dados. As planilhas, muitas vezes por conta de tabelas ou equações erradas, passam informações equivocadas sobre a empresa.

8. Quando há, a maioria dos gestores participam na realização do Planejamento Orçamentário

As informações coletadas durante o diagnóstico inteiro, em algum momento, conversam entre si. É o caso deste tópico. Mesmo não havendo uma métrica que mais importa na maioria das empresas (quarto tópico), quando é desenvolvido um planejamento, os diretores em 20,6% das empresas respondentes participam da elaboração.

Isso quer dizer que, ao não ter uma OMTM definida, os gestores não sabem como planejar o orçamento da sua área. É preciso, antes, saber o que alcança para assim poder se planejar de maneira estratégica.

9. Simulação de Cenários não é utilizado pela maioria

Assim como o próprio Planejamento Orçamentário é responsável por “prever” o cenário dos próximos meses, a Simulação de Cenários é a forma de lidar caso algo de ruim – ou bom – aconteça e mude o planejado.

Essa é uma ótima maneira de se antecipar às possibilidades que o futuro aguarda. Ao montar uma simulação você saberá o que fazer caso você não venda o tanto que foi planejado, por exemplo. Ou também saberá, caso as vendas acabam saindo melhor do que o esperado, quanto de faturamento você terá.

Mais da metade das empresas (59,4%) não conseguem trabalhar com a Simulação de Cenários. Isso porque, provavelmente, as planilhas ou módulos de ERP não oferecem essa possibilidade. Contudo, o segundo maior número de respondentes, cerca de 21,7%, trabalham com simulações em seus planejamentos. Não é o melhor número, mas é um ótimo começo.

Faça agora o auto-diagnóstico da Gestão Financeira e descubra o nível de maturidade da sua empresa! É gratuito.

Agora que você já conhece os principais aprendizados, as boas práticas que deve replicar no seu negócio (e também as más práticas que deve evitar), chegou a hora de executar o diagnóstico aí na sua empresa! Pegue um café e reserve 10 minutos para avaliar sua empresa e receber dicas curadas para dar os próximos passos:

Perfis diferentes para empresas diferentes

Uma das missões da Treasy como empresa sempre foi simplificar o processo de Gestão de Resultado tornando algo aparentemente complexo em algo simples, tudo isso por meio de metodologia e tecnologia.

Logo, considerando que cada empresa está em seu devido estágio de maturidade, precisávamos também simplificar a forma de categorizá-las por estágio e por desafios. Assim, classificamos as empresas em 3 perfis com nomes peculiares (mas que vão fazer todo sentido ao longo da explicação), são eles: Motorista, Aprendiz e Passageiro.

Perfil Motorista

Com uma maior estrutura das áreas, as empresas do perfil Motorista já conhecem sobre Planejamento Orçamentário e já sabem para onde querem ir. Ou seja: já conhecem sua OMTM e dirigem nesta direção. Utilizam na maioria das vezes de um ERP para auxiliar na gestão e planilhas pontuais para controle de resultados. Muitas vezes estão buscando soluções para substituir a planilha e tornar a viagem mais tranquila e a tomada de decisão mais certeira.

Perfil Aprendiz

Já está ciente da importância de um Planejamento Orçamentário, mas ainda não executa por não saber fazer. Como Aprendiz, essas empresas estão no momento de buscar conhecer mais sobre Gestão Orçamentária para aplicar no seu negócio. Utiliza de planilhas para gerir resultados pontuais, mas não faz um acompanhamento constante. Empresas deste perfil são conhecidas por estarem constantemente atrás de informação e novos conhecimentos para aplicarem.

Perfil Passageiro

Geralmente empresas pequenas que não conhecem sobre Gestão Orçamentária. O Passageiro não possui experiência para dirigir seu próprio Planejamento Orçamentário, nem tempo o suficiente para aprender sobre, por isso para essas empresas o ideal é que a gestão seja terceirizada. Como bons passageiros, empresas deste perfil apenas dizem onde querem chegar (OMTM) e deixam o resto com seus motoristas (Planejamento Orçamentário terceirizado).

Para cada empresa e seu respectivo perfil, a Treasy trabalha soluções específicas para que alcancem melhores resultados com um Planejamento Orçamentário. Conheça mais sobre nossas soluções e fale com a gente.