A Inteligência Artificial já é uma realidade em muitas áreas, mas quando o assunto é IA para Finanças, o cenário ainda é de muitas promessas, dúvidas e decisões erradas. Empresas anunciam soluções disruptivas, profissionais se sentem pressionados a dominar ferramentas… e, no meio disso tudo, o que fazer?
No episódio 57 do Controller Cast, recebemos novamente Jessica Regina, fundadora do Financ.ia e uma das principais vozes nacionais quando o assunto é IA para Finanças. Ela compartilhou o que mudou em sua carreira nos últimos 12 meses e revelou os bastidores da maior comunidade de IA voltada ao universo financeiro no Brasil.
E, diferente do que você pode imaginar, o episódio fala muito pouco de ferramentas. Fala de mentalidade, processos e estratégia, tudo aplicável a sua empresa hoje mesmo.
Assista o episódio completo abaixo, ou ouça no Spotify.
Abaixo você confere um resumo dos principais destaques deste bate-papo:
De Controller a referência em IA para Finanças
Com 20 anos de experiência em contabilidade, controladoria e planejamento financeiro, Jessica já trabalhou em empresas como PwC, Suzano, Barenbrug e Coface. Em 2023, ao publicar um post no LinkedIn perguntando quem gostaria de estudar IA para Finanças com ela, teve mais de mil respostas em 24 horas.
O que começou como um grupo de estudos, se tornou o Financ.ia, a maior edtech brasileira sobre inteligência artificial voltada ao setor financeiro. Hoje, são mais de 4 mil profissionais capacitados.
Jessica largou a carreira tradicional e fez da IA para Finanças sua missão, ajudando empresas a se prepararem, desde a base, para as mudanças trazidas com a IA.
A verdade sobre a IA para finanças: o que (ainda) não mudou
Segundo Jessica, o uso de IA para Finanças ainda está em estágio inicial. Embora ferramentas como ChatGPT, o Treasy BI e automações estejam mais acessíveis, a adoção real nas rotinas financeiras ainda é tímida, por três motivos principais:
1. Processos desestruturados
Antes de aplicar IA, é preciso entender, mapear e padronizar os processos. E essa etapa, em geral, está abandonada pelas empresas.
“Como você quer ensinar uma IA a executar tarefas que você mesmo não sabe descrever?”
2. Mindset conservador
Mesmo com a tecnologia disponível, muitos profissionais financeiros ainda resistem à mudança, inclusive as lideranças.
“Finanças sempre foi conservadora. A IA chegou para sacudir isso — e muitos ainda não perceberam.”
3. Faltam soluções robustas e acessíveis
Muitas promessas, pouca entrega. É comum empresas investirem em soluções que prometem “IA para Finanças ou Controladoria” e, no fim, entregam apenas um chatbot com respostas prontas.
“Você não precisa de IA. Precisa de eficiência. E muitas vezes o problema está antes da tecnologia.”
Por que a IA em finanças exige mais do que apenas ferramentas
A grande sacada do episódio é essa: a IA para Finanças não começa com a ferramenta em si, mas com a cabeça de quem vai usar. Em outras palavras, o sucesso de qualquer aplicação depende do quanto o profissional conhece seus processos, domina os dados e tem repertório de negócio.
“Não adianta ter o melhor software do mundo se sua estrutura de contas está bagunçada ou se você nem sabe onde está perdendo dinheiro.”
Por isso, antes de sair implantando IA, Jessica recomenda:
- Mapear os processos internos.
- Criar rituais de revisão e melhoria contínua.
- Aprender a usar ferramentas como ChatGPT como copilotos, e não como mágicas.
Profissionais financeiros também precisam “vender suas ideias”
Outro ponto central da conversa foi o quanto os profissionais de Finanças precisam aprender a se comunicar melhor, com o time, com a diretoria e com as outras áreas.
“Finanças não vende produto, mas precisa vender ideias. Quem não sabe defender uma proposta orçamentária não avança.”
E isso se conecta diretamente com o papel da IA em Finanças: ferramentas que automatizam tarefas dão mais tempo para que os profissionais sejam mais estratégicos, mais próximos do negócio, mais propositivos.
Oportunidades e riscos para quem trabalha com Finanças e Controladoria
Segundo Jessica, os cargos operacionais são os primeiros a sofrer com a automação. Por isso, a IA para Finanças vai acelerar a extinção de tarefas repetitivas e valorizar quem entrega análise, insight e visão de negócio.
Ela cita o exemplo de uma aluna do seu curso que automatizou conciliações que levavam 36 horas por mês com macros geradas com ajuda do ChatGPT. O impacto foi tão grande que ela ganhou visibilidade na empresa, apoio do CEO e se tornou referência interna em inovação.
“Ela virou um case dentro da empresa. Ganhou acesso a outras IAs e foi convidada a apresentar para os executivos. Tudo isso partindo do financeiro.”
Como se preparar?
Jessica listou os principais caminhos para quem quer começar a aplicar IA no dia a dia da área financeira:
- Aprenda a mapear processos, e comece por onde dói mais
- Invista em formação básica em Python e automações simples.
- Use o ChatGPT como tutor para resolver desafios reais.
- Crie rituais de aprendizado com o time.
- Converse com profissionais de outras empresas: benchmarking é essencial.
- Busque participar de comunidades especializadas, como o Financ.ia.
O Treasy pode ajudar sua empresa a se preparar para a IA desde a organização da sua Modelagem Financeira, até contar com um Planejamento Orçamentário estruturado e colaborativo. Você não precisa esperar a IA avançar para trabalhar com Inteligência Financeira, comece hoje mesmo:
Participe dos workshops e cursos do Financ.ia
Se quiser aprender mais com a Jessica e dar o próximo passo em IA para Finanças na prática, você pode participar de seus grupos e workshops:
Workshop: Mapeamento de Processos com IA
Datas: 14 e 15 de julho
Aprenda como mapear seus processos financeiros com auxílio do ChatGPT.
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