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Governança Financeira: o que é e por onde começar

Gestão transparente e alinhada com as políticas internas e externas. Ética, monitoramento das transações financeiras e controle. Essas duas frases destacam termos importantes para empresas que desejam ter um crescimento sustentável e, assim, manterem-se competitivas no mercado. Ou, ainda, essas duas frases lidam com questões importantes para a governança financeira.

Sob o guarda-chuva da governança corporativa, a financeira não é apenas importante por uma questão de compliance, mas também para garantir a saúde financeira de longo prazo de uma organização. Sendo assim, implementar práticas eficazes de governança financeira deve estar na agenda de controller e profissionais de finanças de negócios de todos os portes.

A seguir, entenda o que é governança financeira, sua importância e práticas que podem ser adotadas para implementá-la. Boa leitura!

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    O que é governança financeira?

    A governança financeira se refere a um conjunto de práticas que indicam como uma empresa coleta, gerencia, monitora e controla as informações financeiras. Inclui, por exemplo, como as organizações rastreiam transações financeiras, gerenciam o desempenho e controlam dados, conformidade, operações e divulgações.

    Segundo o Banco Central, a governança financeira significa “o conjunto de políticas, regulamentações, práticas, mecanismos, instrumentos e instituições voltadas para a organização, administração, fiscalização e desenvolvimento dos sistemas financeiros”.

    Embora o BC tenha uma visão mais voltada para as políticas econômicas do nosso país, observe que a definição trazida por ele também aponta para a importância de uma estrutura organizada. Portanto, a governança financeira é essencial para garantir que as práticas de gestão financeira sejam conduzidas de maneira ética, transparente e eficiente, de forma a proteger todos os envolvidos, desde acionistas até colaboradores e clientes/consumidores.

    E se para algum desavisado o assunto pode erroneamente parecer “bobagem”, para controllers e profissionais de finanças, adotar estratégias que integrem controle rigoroso, transparência nas práticas e alinhamento com os objetivos corporativos é fundamental. Isso não só assegura a sustentabilidade financeira, mas também cria confiança com investidores, stakeholders e demais partes interessadas.

    Qual é a importância da governança financeira nas organizações?

    Práticas robustas de governança financeira fornecem a base para o crescimento e a longevidade organizacional. Isso já demonstra a importância do tema, mas tem mais. Na essência, ela é importante para ajudar empresas a:

    Como você pode ver, implementar uma estrutura de governança financeira sólida não é apenas uma questão de conformidade. Tem também a ver com criar um ambiente que favoreça a estabilidade financeira, a confiança dos stakeholders e o crescimento sustentável da empresa

    Trazendo isso para um contexto mais prático, entenda que organizações que a implementam são capazes de monitorar de forma eficaz seus fluxos de caixa, garantir a alocação correta de recursos e minimizar riscos que possam comprometer suas operações. Além disso, ao construir uma estrutura sólida de governança financeira, elas preparam a base para uma tomada de decisão mais informada e estratégica, fundamentada em dados reais, atualizados e fidedignos.

    Uma governança robusta, portanto, também resulta em informações mais confiáveis. Com isso, orçamentos, planejamentos, planos de contingência e previsões são mais precisos. E, claro, as informações e os relatórios que os executivos usam para elaborar estratégias e direcionar a empresa são baseados em um senso muito mais sólido da realidade financeira do negócio.

    À lista de “por que a governança financeira é importante”, acrescentamos que suas práticas podem facilitar a conformidade ao estabelecer controles internos robustos, promover transparência e mitigar o risco de fraude e má conduta financeira.

    Elementos fundamentais da governança financeira

    Importante destacar que adotar a governança financeira é assumir um compromisso que exige a colaboração de todas as áreas da organização, desde a alta gestão até as equipes operacionais. Entendido isso, a seguir abordamos os elementos fundamentais para uma estrutura robusta:

    Controles internos

    Falar de governança financeira e não falar de controles internos é como comer feijão sem arroz. Brincadeiras à parte, eles são a base de uma estrutura de governança robusta. 

    Nesse sentido, as empresas devem colocar em práticas mecanismos de controle interno eficazes para proteger ativos, prevenir e detectar fraudes, garantir a precisão e integridade dos registros financeiros e manter a segregação apropriada de funções. Somado a isso, fortes controles internos contribuem para prevenir e detectar erros e irregularidades em relatórios financeiros. 

    Planejamento e controle orçamentário

    Assim como os controles internos, o planejamento orçamentário bem estruturado constitui uma base importante da governança financeira. Trata-se de um processo que envolve a definição de metas financeiras claras, a alocação estratégica de recursos e o acompanhamento constante a fim de garantir que a empresa esteja no caminho certo para atingir seus objetivos. 

    Por falar em acompanhamento, a governança não dá espaço para o orçamento de gaveta. Isso quer dizer que a empresa precisa fazer um controle orçamentário, pois, assim, consegue identificar desvios e tomar ações corretivas a tempo. O acompanhamento do orçamento também auxilia na previsão de fluxo de caixa e garante que a empresa conseguirá se adaptar às novas demandas e/ou às mudanças e necessidades de mercado.

    E para garantir que nós estamos na mesma página, vale reforçar que o plano orçamentário de uma empresa segue os seguintes passos:

    1. Definições Estratégicas e definição do Objetivo Mais Importante para Sua Empresa;
    2. Criar o Planejamento de Vendas;
    3. Criar a Projeção de Deduções de Vendas;
    4. Criar o Orçamento de Custos de Produção;
    5. Criar o Orçamento de Gastos com Pessoal;
    6. Criar o Orçamento de Despesas Operacionais;
    7. Criar o Orçamento de Investimentos;
    8. Juntar os passos anteriores nos relatórios gerenciais.

    Clicando nos links você tem mais informações sobre cada passo. Além deles, você pode participar da Jornada da Meta ao Resultado e conferir como é a criação de um plano orçamentário do zero. São 5 aulas desenvolvidas para ajudar você a pensar estrategicamente nas finanças do seu negócio. E o melhor: todo o conteúdo é 100% gratuito.

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    Políticas financeiras

    A governança financeira precisa de diretrizes a serem seguidas. É aí que entram as políticas e os procedimentos financeiros. De uma forma geral, eles abordam como  gerenciar o fluxo de caixa, investimentos, despesas, contabilidade, relatórios, auditoria e outros processos. Do mesmo modo, garantem que os recursos sejam alocados de forma estratégica e em conformidade com as metas da organização.

    Destacamos que políticas bem estruturadas são a base para a transparência, a previsibilidade e a eficiência, o que facilita o controle e o monitoramento das atividades financeiras. E o que sua empresa ganha com isso? Além de assegurar o cumprimento de regulamentações, as políticas financeiras demonstram também um compromisso com a integridade financeira e a responsabilidade fiscal, o que fortalece a confiança de investidores e demais stakeholders.

    Gestão de riscos financeiros

    Variações cambiais, taxa de juros, flutuações de mercado e inadimplência de clientes entram no rol dos riscos financeiros. Identificar, avaliar e mitigar esses e outros riscos permite que a empresa tome decisões informadas, minimize impactos negativos e maximize os positivos.

    Essas avaliações internas são críticas para ajudar a identificar e priorizar áreas de risco-chave. Uma vez identificados, esses riscos (como risco de mercado, de crédito e operacional) podem ser mitigados ou explorados com novas políticas, práticas ou ferramentas. 

    Auditoria e compliance

    Como explicamos neste conteúdo, “auditoria é um processo sistemático cujo objetivo é obter evidências que comprovem a eficácia e a adequação das atividades desenvolvidas pela empresa”. Verdade seja dita, normalmente, ninguém gosta de ser auditado, mas é fato que as auditorias interna e externa desempenham um papel essencial ao ajudar a identificar melhorias nos procedimentos, processos, sistemas e controles internos. 

    Além disso, a auditoria contribui para o aprimoramento das práticas contábeis e financeiras, proporcionando um ambiente mais seguro e transparente. E, como você deve ter percebido até agora, segurança e transparência são duas palavras que a governança financeira adora. Falando em governança, ao realizar auditorias periódicas, a empresa assegura que está em conformidade com as leis, regulações e políticas internas, reduzindo o risco de penalidades e danos à sua reputação.

    o compliance é a conformidade com todas as leis e regulamentos aplicáveis, tanto locais quanto internacionais. Unindo a auditoria, a organização tem uma rede de segurança que garante:

    Transparência e relatórios financeiros

    Batemos na tecla da transparência porque ela está no centro de uma boa estrutura de governança. Aliás, a fim de demonstrar compromisso com a integridade, as boas práticas de governança exigem divulgações, relatórios financeiros claros e acessíveis, como Balanço Patrimonial, Demonstrativo de Resultado do Exercício e Demonstrativo de Fluxo de Caixa, e outras medidas de transparência. 

    Uma ferramenta que pode apoiar a implementação da transparência na gestão financeira é o Business Intelligence (BI) da Treasy. Com sua capacidade de integrar e analisar dados financeiros em tempo real, dashboards intuitivos e relatórios personalizáveis, o BI permite que as empresas tenham uma visão detalhada da saúde financeira, monitorem as transações de forma mais eficaz, identifiquem anomalias e ajam rapidamente para corrigir potenciais falhas. 

    Com o plano gratuito do BI Financeiro da Treasy é possível fazer análises gerenciais. Assista ao vídeo abaixo de demonstração do BI da Treasy para ter uma ideia melhor:

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    Por onde começar a implementar a governança financeira na minha empresa?

    Pode acreditar, com pequenos passos já é possível começar a implementá-la aí na sua empresa. Dê uma olhada em um caminho prático:

    Defina políticas e diretrizes financeiras

    Elabore diretrizes claras com regras para:

    Estruture um sistema de controles internos

    Implemente processos de auditoria interna e externa (auditoria financeira), bem como processos e mecanismos que assegurem a confiabilidade das informações financeiras. Isso inclui:

    Monitore e gerencie riscos financeiros

    Identifique as possíveis ameaças e oportunidades ao caixa da empresa e aos processos financeiros. Tenha um mecanismo de avaliação e controle desses riscos e crie um plano de mitigação. Para saber com mais detalhes como fazer a gestão de riscos, confira este conteúdo completíssimo:

    👉 O que é Gestão de Riscos e como ganhar competitividade para sua empresa com o Gerenciamento de Riscos

    Fortaleça a cultura de transparência e compliance

    Para isso, as informações financeiras devem estar acessíveis para as pessoas interessadas. Lembre-se de que uma comunicação financeira clara e precisa é mais do que uma questão regulatória para muitas empresas, é também uma maneira de fortalecer a confiança dos stakeholders e passar segurança aos colaboradores.

    Concluindo

    A adoção da governança financeira traz mais transparência e solidez às organizações, pois elas passam a estar mais preparadas para atingir objetivos estratégicos e construir valor a longo prazo. Por isso, não é exagero dizer que práticas robustas fornecem a base para o crescimento e a longevidade organizacional.

    Para controllers e demais profissionais da área financeira, a governança, ao colocar os holofotes nas informações financeiras, transmite segurança de que os dados para concluir relatórios, orçamentos, planos, apresentações de resultados e outros documentos são fiéis à realidade. É por essa razão que, contar com ferramentas estratégicas, como o BI da Treasy, pode facilitar a implementação da governança, garantindo que os dados financeiros sejam precisos, acessíveis e orientados para os objetivos organizacionais.

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