Um bom arroz com feijão é quase que unanimidade entre os brasileiros, sendo um prato presente em praticamente todas as famílias. Aliás, não é de hoje que ele faz sucesso. Conta a história que a dupla se tornou popular no nosso país no final do século 19, em substituição às farinhas de milho e mandioca.
No entanto, especula-se que foi na época de D. João VI que o arroz com feijão foi introduzido no Brasil. Uma das hipóteses é de que o rei tenha mandado incluir o arroz na alimentação dos soldados. A convivência deles com os escravos, que consumiam feijão, fez surgir a dupla.
O arroz com feijão é tão popular que até virou expressão para simbolizar o básico em qualquer atividade ou situação. Na gestão financeira, fazer o "arroz com feijão" significa executar com excelência as atividades essenciais que garantem a saúde e a sustentabilidade da empresa.
Infelizmente, muitas organizações se esquecem disso e priorizam estratégias complexas sem antes assegurar que o básico do financeiro esteja bem feito. E qual é o ingrediente de um arroz com feijão saboroso para as finanças da sua empresa? Continue a leitura para entender.
- Ingrediente 1 - Contas a Pagar em dia
- Ingrediente 2 - Contas a Receber em dia
- Atenção ao modo de preparo - Mantenha os lançamentos organizados
- Ingrediente 3 - Relatórios DRE e DFC
- Dicas de preparação do básico no financeiro: cuidados ao elaborar o DRE e o DFC
- DFC
- DRE
Arroz com feijão bem feito (o básico do financeiro)
Quando se fala em gestão financeira, o arroz com feijão se refere às atividades básicas e essenciais que garantem a saúde das finanças da empresa. É o caso de:
- Gestão eficiente das contas a pagar e a receber,
- Elaboração e atualização constante de relatórios financeiros como DRE (Demonstrativo de Resultados do Exercício) e DFC (Demonstração do Fluxo de Caixa)
- Manutenção de um fluxo de caixa saudável.
Note que, em um primeiro momento, as tarefas citadas parecem simples se comparadas à implementação de novas tecnologias ou criação de estratégias complexas, mas acredite: são indispensáveis para o sucesso e sustentabilidade do negócio.
Sem este arroz com feijão qualquer empresa pode enfrentar diversos problemas, como:
- Tomadas de decisão sem embasamento;
- Inadimplência;
- Gastos excessivos;
- Falta de fôlego financeiro;
- Entre outros.
Por exemplo, imagine um negócio que não acompanha de perto suas contas a pagar e a receber. Ele pode acabar enfrentando problemas de liquidez, mesmo tendo um bom volume de vendas.
Portanto, antes de tentar inovar, realizar investimentos ou até mesmo sair cortando gastos sem estratégia, é fundamental garantir que as tarefas básicas estejam sendo executadas com excelência. Lembre-se que um feijão com arroz bem feito no financeiro não só evita problemas graves no futuro, como também cria um ambiente propício para o crescimento sustentável.
E como fazer o arroz com feijão no financeiro? Pegue um papel e uma caneta e anote nossa receita:
Ingrediente 1 - Contas a Pagar em dia
Manter as contas a pagar em dia é um dos pilares fundamentais para assegurar a saúde financeira de qualquer empresa. Pagar as obrigações dentro do prazo não só evita multas e juros, mas também preserva a credibilidade da organização junto aos fornecedores.
Imagine uma pequena empresa que não controla bem seus vencimentos e, como consequência, quita suas contas sempre com atraso. O efeito dominó disso pode ser devastador, levando a um aumento desnecessário dos custos.
Caso o financeiro identifique que não será possível cumprir com suas obrigações por falta de dinheiro em caixa, a saída pode ser buscar por uma alternativa, como antecipação de recebíveis, ou até mesmo pensar em avaliar a estratégia de precificação de seus produtos e/ou serviços.
Falando nisso, se você permitir um parênteses, vale destacar que o preço de venda é o tempero especial na nossa receita, pois ele influencia diretamente a saúde financeira de um negócio. Sendo assim, é essencial garantir que os preços sejam competitivos sem sacrificar a lucratividade.
Para ajudar você a temperar o seu básico no financeiro, criamos um Guia completo para o cálculo do Preço Ideal de Venda, que oferece insights valiosos para ajustar sua estratégia de precificação. Para acessar o guia, basta clicar na imagem abaixo:
Por último, mas não menos importante, tenha em mente que a organização nas contas a pagar facilita a projeção de fluxo de caixa e o planejamento financeiro da empresa. Ao ter clareza sobre os desembolsos futuros e seus respectivos prazos, o gestor pode se preparar melhor para períodos de menor liquidez, minimizando o risco de surpresas desagradáveis e assegurando uma gestão financeira mais tranquila e eficaz.
Ingrediente 2 - Contas a Receber em dia
Se é crucial pagar suas obrigações no prazo, é igualmente importante garantir que a empresa receba o que lhe é devido também em dia. Um controle rigoroso das contas a receber assegura um fluxo de caixa constante, algo essencial para a continuidade das operações.
Um dos motivos para acompanhar de perto o contas a receber é para identificar rapidamente a inadimplência e agir antes que se torne um problema maior. Muitos gestores não têm a real noção de como anda a inadimplência e, pelo fato da empresa estar vendendo aparentemente bem, podem levar um susto ao se deparar com um fluxo de caixa baixo ou negativo, resultado de clientes que não pagam em dia.
Ainda, um sistema eficiente de contas a receber permite à empresa oferecer condições mais flexíveis a seus clientes sem comprometer sua própria saúde financeira. Por exemplo, ao conhecer bem sua capacidade de lidar com prazos mais longos, é possível permitir parcelamentos ou conceder um prazo maior para pagamentos, melhorando a satisfação do cliente sem perder o controle do fluxo de caixa.
👉Se você precisa de uma mão para lidar com a inadimplência e evitá-la, estes conteúdos podem ajudar:
- Melhore o contas a receber com a diminuição da taxa de inadimplência
- Como prever a inadimplência? Saiba tudo sobre Provisão e Perdas de Inadimplentes
- Régua de cobrança: o que é e como ela ajuda a reduzir a inadimplência?
Atenção ao modo de preparo - Mantenha os lançamentos organizados
Arroz por cima do feijão ou feijão por cima do arroz? Se no sabor do prato isso não faz diferença, no seu financeiro faz!
Não basta manter o contas a pagar e a receber em dia; é fundamental ter organização e disciplina na categorização dos lançamentos. Isso significa que cada receita e despesa deve ser corretamente atribuída à conta e ao centro de custo apropriado, para que você possa, no futuro, analisar os dados com precisão e tomar decisões informadas.
Por isso, é bom ter um plano de contas bem organizado, pois ele serve de insumos para as demonstrações contábeis, como DRE e Fluxo de Caixa. Caso queira saber mais, este artigo vai ajudar. Também disponibilizamos um modelo de plano de contas completo e gratuito para download abaixo:
Ingrediente 3 - Relatórios DRE e DFC
Não tem como falar do básico no financeiro sem citar os relatórios Demonstrativo de Resultados do Exercício (DRE) e Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC). Ambos são ferramentas essenciais para qualquer gestor que deseja ter uma visão clara e precisa da saúde financeira da sua empresa.
Indo bem direto ao ponto, o DRE mostra, em termos gerais, o lucro ou prejuízo da organização em determinado período. Por sua vez, o DFC detalha as entradas e saídas de caixa, permitindo entender como o dinheiro circula na empresa.
Exemplificando, imagine um gestor que, ao analisar seu DRE, percebe que uma determinada linha de produtos está com margem de lucro muito baixa. Com essa informação em mãos, ele pode tomar medidas imediatas, como renegociar preços com fornecedores ou ajustar o preço final para os clientes.
Similarmente, o DFC atualizado permite que o gestor antecipe necessidades de capital de giro, evitando crises de liquidez. Pense em uma empresa que não monitora seu fluxo de caixa e, de repente, se vê sem caixa para honrar compromissos importantes, como o pagamento de funcionários. Uma análise frequente do DFC ajuda a evitar essas situações, permitindo que o financeiro planeje melhor suas transações.
Dicas de preparação do básico no financeiro: cuidados ao elaborar o DRE e o DFC
Você já reparou que duas pessoas podem fazer a mesma receita de bolo, mas geralmente o bolo feito por uma tem um algo a mais do que o preparado por outra?
No caso do financeiro, existem algumas dicas de preparação do arroz com feijão que toda empresa que seguir vai ter o mesmo resultado, que é um básico bem feito.
A primeira dica é garantir que o DRE e o DFC estejam sempre atualizados, o que é fundamental para uma gestão eficaz. Percebeu o negrito em “atualizados”? Pois é, de nada adianta preparar as planilhas com DFC e DRE, se nelas não constam as últimas transações ou se não refletem a realidade.
A segunda dica é que os números precisam estar corretos. No financeiro, não há espaço para imprecisões. Dizer que “é mais ou menos 20”, pode significar 21 ou 19, concorda?
Apesar de a diferença parecer mínima, um erro pode levar à empresa oferecer um desconto inadequado ou a investir em uma área sem o devido suporte financeiro, resultando em surpresas desagradáveis no futuro.
Além de estarem atualizados e corretos, a terceira dica é que os relatórios devem ser completos. Por exemplo, um erro bastante comum é não registrar corretamente o pró-labore dos sócios. Entenda que essa omissão pode distorcer a visão real dos custos operacionais da empresa.
Sobre isso, vale uma dica extra:
- Para uma análise precisa, todos os custos devem ser refletidos nos relatórios.
Para reforçar, tenha em mente que relatórios desatualizados podem fornecer uma visão distorcida da realidade financeira, levando a decisões mal informadas e potenciais problemas de caixa.
E se você precisar de uma planilha para DFC e DRE, clique na imagem correspondente e aproveite o material gratuito que disponibilizamos:
DFC
DRE
O tempero para completar: boas pitadas de BPO Financeiro
Para muitos empresários e donos de negócio, fazer o arroz com feijão, ou seja, gerir essas tarefas básicas pode ser desafiador devido à falta de tempo, conhecimento técnico, ou até mesmo por conta de uma equipe financeira reduzida. É aí que entra o BPO (Business Process Outsourcing) Financeiro, que oferece serviços especializados para cuidar dessas rotinas financeiras.
Com o BPO, o financeiro é terceirizado e quem fica responsável por ele é uma empresa com profissionais experientes no assunto. Contar com um BPO pode garantir que o básico no financeiro seja realizado de forma eficiente e precisa, permitindo que o gestor se concentre no core business da empresa.
E mais! O BPO financeiro acrescenta uma pitada extra de tempero ao arroz com feijão, pois ele é responsável por:
- Controle de contas a pagar
- Controle de contas a receber
- Faturamento e Emissão de Notas
- Acompanhamento de caixa
- Envio de informações à contabilidade
- Conciliação bancária
- Relatórios Financeiros Detalhados
Para entender melhor o que é o BPO Financeiro e se o serviço é para sua empresa, não deixe de ler:
👉 BPO financeiro: o que é, como funciona e por que contratar
Concluindo
É comum para muitas empresas (e aqui não falamos apenas das pequenas), deixar de lado o básico no financeiro para se preocupar com melhorar processos ou investir em tecnologia. O problema é que, sem o feijão com arroz, não existe tecnologia e nem mesmo Inteligência Artificial que possa fazer milagre.
Ao manter um controle rigoroso de contas a pagar e a receber, e assegurar que seus relatórios financeiros estejam sempre atualizados corretamente, você cria uma base sólida para inovar e crescer.
Então, como você acompanhou aqui, em vez de reinventar a roda, comece focando no básico bem feito, garantindo que sua empresa evite problemas financeiros potenciais e crie um ambiente propício para o crescimento sustentável.
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