Quando temos uma casa, queremos sempre deixá-la mais bonita, confortável e com maior valorização, certo? Para isso, ampliamos os cômodos, trocamos o piso, adquirimos os móveis, arrumamos o telhado, consertamos a fiação elétrica, enfim, fazemos uma série de procedimentos que deixam o imóvel ainda melhor do que quando compramos. Afinal, se não fizermos nada disso, ele até pode servir para o que queremos, mas não terá o valor que desejamos.
Quem monta uma empresa tem o mesmo pensamento. Depois de definir tudo o que quer em um negócio e colocar ele para funcionar, com o tempo a ideia é promover melhorias e, consequentemente, aperfeiçoá-lo. Para isso, o empreendedor contrata mais funcionários, amplia a sede e compra novos equipamentos.
Mas, em um negócio, para que isso ocorra de forma eficiente, é necessário focar no planejamento! Primeiro, o estratégico, aquele que define os rumos da empresa. E, depois, é importante pensar no orçamento de investimento empresarial, por meio do qual será possível definir as melhores formas de investir no empreendimento, estabelecendo quantias e áreas específicas.
E para que tudo saia como o planejado, é preciso analisar uma série de indicadores que ajudarão a calcular se aplicação dos recursos realmente faz sentido para a realidade do negócio. Vamos entender em detalhes o que é investimento e como realizá-lo? Continue com a gente!
O que são investimentos?
Investimentos são os desembolsos realizados por uma empresa para a compra de bens, como máquinas, equipamentos, veículos, móveis, ferramentas, recursos de informática (hardware ou software) ou, até mesmo, de treinamentos e capacitações. Aqui estamos falando de investimentos operacionais, pois contribuem diretamente para melhorar e ampliar a capacidade produtiva da organização.
Esses investimentos podem ser pagos de uma única vez ou parcelados. Geralmente, a empresa utiliza o próprio lucro gerado em sua operação para a realização de novos investimentos, porém, também é muito comum o uso de financiamentos e linhas de crédito para a aquisição de bens.
Algumas empresas ainda utilizam os lucros gerados e as sobras de caixa para realizar investimentos financeiros, ou seja, ao invés de ampliar seu patrimônio, optam por colocar os recursos em fundos de investimentos ou até mesmo comprar ações de outras empresas.
Não existe uma fórmula exata para afirmar se o mais correto é a empresa investir seus recursos em sua operação ou partir para investimentos financeiros. Essa decisão varia de negócio para negócio e costuma estar atrelada a uma série de fatores, internos ou externos, como o setor ou o ramo de atividade, o ritmo de crescimento do mercado, as taxas de retorno oferecidas por cada tipo de investimento, entre outros motivos que devem ser analisados com cuidado para tomar a decisão que mais se adapte ao contexto da empresa.
Vamos pensar em um exemplo de orçamento de investimentos. Uma fabricante de alimentos com um ano de atividade precisa ampliar sua produção para dar conta do crescimento da demanda. Para isso, então, os gestores devem fazer um planejamento e definir onde serão realizados os investimentos e qual o montante a ser aplicado, se na compra de máquinas, na contratação de mais funcionários, na ampliação das linhas de produção ou em inovação, por exemplo. Apenas por meio dessa análise é que conseguirão definir com clareza onde aplicar seus recursos.
E para ajudar você a tomar essa decisão com segurança na sua empresa, com base em dados e projeções, e fazer investimentos de forma equilibrada, elaboramos um guia completo para análise dos potenciais de retorno de um novo investimento operacional. No material, apresentamos uma série de questões que precisam ser avaliadas, como o quanto de retorno o investimento trará à empresa e em quanto tempo, se o negócio comportará a aquisição ou se precisará recorrer a capital de terceiros e, ainda, a necessidade de mão de obra adicional, custos indiretos com o investimento e a geração de demanda acima da capacidade produtiva. Clique na imagem abaixo e confira:
É um investimento, um custo ou uma despesa?
Outro ponto importante que deve ser deixado claro é a diferença entre investimentos, custos e despesas. Conhecer a distinção entre esses conceitos ajuda a empresa a medir seus resultados de modo mais eficiente. Vamos entender melhor!
Despesas
As despesas são os valores gastos com a estrutura administrativa e comercial da organização, como aluguel, salários, encargos, benefícios, pró-labore, telefone, propaganda e impostos. Elas podem ser fixas e variáveis: as fixas são aquelas cujo valor a ser pago não depende do volume ou do valor das vendas, enquanto as variáveis são aquelas em que o valor a ser pago está diretamente relacionado ao volume de produtos ou serviços vendidos.
Custos
Já os custos podem ser entendidos como o valor gasto na aquisição das mercadorias (comércio), na fabricação dos produtos, compreendendo matérias-primas, insumos, mão de obra interna e externa (indústria). Ou, ainda, como o valor gasto na execução dos serviços, compreendendo materiais, componentes e peças, bem como a mão de obra interna e externa (serviços).
Com essa breve explicação, já podemos facilmente identificar a diferença entre investimentos, custos e despesas, não é mesmo? Ao contrário desses dois conceitos que vimos agora, os investimentos são a aplicação de algum tipo de recurso com a expectativa de receber um retorno futuro superior ao que foi aplicado, compensando, inclusive, a perda de uso desse recurso durante o período de aplicação. Investir, portanto, significa aplicar o capital da empresa em meios (tangíveis e intangíveis) que levem ao crescimento, trazendo mais receita e melhorando imagem do negócio, como a compra de uma máquina nova ou a aquisição de um caminhão para agilizar as entregas.
Pode até surgir o questionamento: mas uma máquina nova não está diretamente ligada à produção, sendo, dessa forma, um custo? A resposta é não. Os custos e as despesas devem ser entendidos como os gastos que são necessários para a empresa funcionar normalmente, dentro do previsto. Já o investimento é aquele gasto que vai trazer um retorno além do financeiro.
Vamos imaginar que uma fábrica de pães e bolos comprou o caminhão de entregas do nosso exemplo. Antes, o serviço era terceirizado e acabava entregando os produtos com um certo atraso, deixando alguns estabelecimentos sempre com o pão de ontem para vender. Mas tudo estava sendo feito, por que não era necessário um caminhão novo para o serviço ser realizado.
Então, a empresa resolveu investir em um caminhão para melhorar o seu serviço. Eles continuam fazendo o que sempre fizeram, porém, com mais qualidade. Agora, os produtos chegam antes da abertura das portas, oferecendo ao seu cliente e aos clientes dele, mercadorias sempre frescas. Com certeza, a imagem dessa fábrica melhorou e muito com a aquisição do caminhão, tornando o investimento positivo.
Os indicadores que medem a eficiência do orçamento de investimentos
Bom, o que vimos até aqui não se resume apenas a realizar os investimentos. É necessário também analisar a viabilidade deles, ou seja, a mensuração dos resultados que eles podem oferecer. Isso porque estamos falando de planejamento, o que requer sempre estudos aprofundados e uma preocupação com a eficiência na aplicação de recursos.
Existem três indicadores que podem ajudar nessa tarefa: TIR (Taxa Interna de Retorno), VPL (Valor Líquido Presente) e Payback (Tempo de Recuperação do Investimento Realizado). Detalhamos cada um deles a seguir:
VPL
Também chamado de Valor Líquido Atual, o Valor Presente Líquido é um método que consiste em trazer para a data zero todos os fluxos de caixa de um projeto de investimento e somá-los ao valor do investimento inicial, usando como taxa de desconto a Taxa Mínima de Atratividade (TMA) da empresa ou projeto.
Com esse cálculo, é possível fazer os ajustes, descontando as taxas de juros para obter a verdadeira noção do valor do dinheiro no futuro. Por isso, o VPL não faz apenas uma comparação do investimento com o retorno que dele se espera. Indo além, esse modelo leva em consideração a valorização do capital ao longo do tempo.
TIR
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é um método muito utilizado para a análise da viabilidade de projetos de investimento, ou seja, seu retorno. Ela é utilizada para calcular a taxa de desconto que teria um determinado fluxo de caixa para igualar a zero seu Valor Líquido Atual.
Se a TIR for maior que a Taxa Mínima de Atratividade, significa que o projeto é viável. Caso ela fique abaixo, é recomendada a rejeição do projeto. Agora, se ela for igual, a decisão de investir ou não fica sob responsabilidade dos gestores.
Payback
O Payback é um cálculo simples do tempo que levará para um investimento se pagar. O método pode ser utilizado tanto por empreendedores iniciando um negócio quanto por gestores que querem implementar uma ideia e precisam saber o tempo de retorno do investimento.
Além da facilidade de entender seu propósito, o Payback é fácil de aplicar. Não é preciso treinamento adicional ou algum tipo de especialização.
E como esses indicadores são realmente importantes para seu negócio, preparamos um e-book completo que explica de maneira detalhada como eles funcionam. Clique na imagem abaixo, faça o download gratuitamente e saiba como realizar os cálculos corretamente para aplicá-los nos projetos da sua empresa:
Concluindo
Como deu para perceber, com investimento não se brinca. Como falamos no início do artigo, mais do que fazer o planejamento com cuidado, as empresas devem analisar uma série de indicadores que ajudarão a calcular se a aplicação dos recursos realmente faz sentido para a realidade do negócio. Quer dizer, o orçamento de investimento empresarial deve ser preciso!
Imagine um investimento realizado sem nada disso. Vamos supor que um mês depois de aplicar o dinheiro o empreendedor percebeu que o retorno não será o que ele esperava e que, portanto, o montante foi gasto em vão. Um baita prejuízo, não é mesmo? Então, antes de dar esse importante passo na sua empresa, tome todos os devidos cuidados.
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